daqui |
não sei quem foi que inventou que chover é um daqueles verbos intransitivos, impossíveis de conjugar na primeira - ou em qualquer outra - pessoa. eu hoje chovo e não me interessa a gramática. chovo como chove lá fora, com a mesma cadência da água que o céu nos envia, o mesmo murmúrio de pingo, até o cinzento da mancha é o mesmo que vejo a cair sobre a relva, a humidade rasa-me a pele, sou molhada dos pés à cabeça.
chover e chorar são coisas diferentes e é por isso que digo quehoje chovo.
ontem chorei, é verdade, mas hoje chovo como um verdadeiro dia de outono que sente o vento a libertá-lo das folhas mortas das árvores, deixando que os ramos despidos revelem a sua nudez.
talvez já me prepare para o inverno, ou então é apenas a liquidez do amor a tomar conta de mim e não há nenhum desespero nessa entrega.apenas a confirmação de que passamos pelas estações, aceitando não só o que cada uma nos traz, mas também o que (nos) leva.
do tanto que temos por chover
ResponderEliminararco-íris
Estou chegando do blog do António, Inês!
ResponderEliminarConfesso que mergulhei nos seus textos, senti-os no coração e amei!
Virei sua fã...estarei por perto sempre, participando do processo.
Um beijo doce.
Astrid Annabelle
Chover-se. hehe, somos natureza, seus fenômenos.
ResponderEliminarNossa, António tem razão em fazer uma postagem pra ti.
Parabéns pelo espaço. Lindo!
Voltarei mais vezes com certeza.
Beijos e ótima semana.
A Astrid e o Saulo por aqui! Que bom! Os anjos chegaram e abriam a Lacrimosa e fomos regados com a água. Bendita água.
ResponderEliminarbendita Lacrimosa :)
ResponderEliminarO António Rosa é o grande "culpado" desta reunião ...
ResponderEliminarComo disse noutro comentário, o seu "olho cirúrgico" não falha!!
Abraço-os a todos.
Filomena
que bom, então, haver um 'culpado'... que nos liga em rede.
ResponderEliminarbeijos em link para todos :)