quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

a deus



e separou-as de propósito, não fosse soar-lhe a despedida o que era apenas uma entrega e nem sequer usou maiúsculas. a própria mão, que estendeu nesse momento, foi muito menos que um aceno, ou nem sequer aceno foi, mas a palma toda aberta encaminhando para o céu a sua prece. 
a deus. 
só a deus pode entregar aquilo que sente e pedir-lhe que ilumine o que a sombra ainda não lhe revelou sobre si mesma.

2 comentários:

  1. Quanto lirismo Inês!

    Obrigada por compartilhar :)

    Maria Clara.

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  2. "deus sive natura" - espinosa
    o que se pode pedir a deus que não seja pedir a si próprio?

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